Você conhece alguém que já caiu em um golpe através do instagram ou whatsapp? Ou, talvez, alguma empresa que teve o seu perfil falso (ou clonado)?

Os golpes cibernéticos cresceram (e muito) durante a pandemia, principalmente, em razão do aumento do trabalho remoto (home office). Apenas entre abril e maio de 2020 foram registrados, no Brasil, mais, de 1,6 bilhões de ataques cibernéticos.

O que os criminosos procuram com os ataques cibernéticos? Procuram informações confidenciais e dados pessoais das vítimas, a exemplo de senhas de contas bancárias ou de cartões de crédito e códigos de acesso das redes sociais pessoais das vítimas.

E, acredite, a maioria dos golpes não são feitos por experts em computação ou programação de dados. Na verdade, para praticar esses golpes, os criminosos precisam apenas saber utilizar ferramentas básicas de um computador ou smartphone e de redes sociais. A maioria dos golpes são realizados através de engenharia social. Esses golpes são conhecidos como phishing.

Você já ouviu falar em PHISHING?

Phishing é a modalidade de fraude mais comum na internet. De acordo com o Avast,

“O phishing é um dos golpes mais antigos e conhecidos da internet. Podemos definir phishing como qualquer tipo de fraude por meios de telecomunicação, que usa truques de engenharia social para obter dados privados das vítimas.”[1]

Engenharia social é uma forma maliciosa de comunicação através da qual o criminoso convence a vítima a lhe informar dados pessoais e/ou informações confidenciais. Trata-se da obtenção de dados não por meio de invasão de computadores ou smartphone, mas através da enganação de pessoas.

O livro do hacker Kevin D. Mitnick, denominado “a arte de enganar”, de 2003, ficou famoso por tratar do tema de engenharia social.

Um golpe, particularmente, tem sido aplicado com muita frequência através do instagram. Através desse golpe, os criminosos conseguem ingressar no whatsapp da vítima e se passar por ela para pedir dinheiro a amigos da vítima. Para que você possa se prevenir, mostraremos o passo-a-passo de como esse golpe é arquitetado e praticado:

1. O criminoso cria um perfil falso com nome semelhante ao de alguma empresa realmente existente, utiliza a marca da empresa como foto de capa e/ou utiliza os mesmos posts, com a finalidade de parecer que é o real perfil da empresa para enganar os consumidores;
2. Com o perfil fake criado, o criminoso passa a angariar seguidores, principalmente aqueles que já seguem a página verdadeira, pois são consumidores que já se interessam pelo serviço, produto ou marca daquela empresa;
3. Em seguida, o criminoso passa a entrar em contato com os seguidores, futuras vítimas, para divulgar promoções e descontos via direct (chat privado), utilizando-se de estratégias persuasivas de engenharia social;
4. A partir daí, o criminoso consegue convencer o consumidor a lhe transferir dinheiro para supostamente garantir uma promoção ou extrai informações sigilosas (senhas e códigos de acesso) e dados pessoais (telefone) do consumidor;

A vítima deve denunciar o fato à delegacia do seu domicílio.

A empresa, por outro lado, para preservar a sua marca e a sua reputação, quando descobre que está sendo clonada deve:

1. Denunciar o perfil fake pelo próprio instagram;
2. Informar a existência do perfil falso através de seu perfil verdadeiro;
3. Pedir a terceiros que denunciem a conta falsa;
4. Caso essas medidas não surtam efeito, a empresa titular do registro de marca poderá ingressar com ação judicial para determinar a retirada das páginas falsas do ar.

Você já passou ou conhece alguém que passou por uma situação parecida?

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[1] https://www.avast.com/pt-br/c-phishing#topic-1